Paris por Joe

Paris – A cidade para os primeiros e, os eternos viajantes
                                                         Por Joe
      


Começo dizendo que Paris é e sempre será “Inoubliable” (inesquecível), a cidade tem a característica de sempre estar se reinventando, foi assim desde que Paris não era Paris, ainda era Lutetia. Paris testemunhou mais acontecimentos importantes do que qualquer outra grande cidade, desde guerras, terror e invasões até grandes levantes políticos e revoluções artísticas. Foco de inúmeras gerações de admiradores e detratores, a cidade evoca imagens vívidas até mesmo aqueles que nunca lá estiveram.  Nenhum lugar na terra foi mais percorrido e mais imortalizado pela literatura, pelas artes plásticas, pelo cinema, pela fotografia e pela música, citou certa vez o escritor Colin Jones.
Paris nasceu para ser bela, já nos anos 358 quando ainda era apenas uma pequena aldeia, já despertava interesse dos poderosos da época. Escreveu assim o Imperador Romano Juliano “Cara Lutetia...” – “Minha querida Lutécia”, sobre suas estadias na cidade em 358 e depois no inverno de 360-361.
Essa é a primeira descrição de qualquer tamanho que temos da cidade que seria conhecida como Paris.  É escrita com um sentimento que se tornaria comum em escritos sobre Paris: o afeto.  Seu autor era um homem poderoso. 
Nesse momento de sua história, Paris era Lutécia.  Julio César, que no primeiro século antes de cristo conquistou grande parte da atual área da França e a colocou sob domínio romano, foi o primeiro a usar o nome “Lutetia” (outros diziam “Lucotecia”) para designar a “cidade da tribo dos parísios”.
Bom, o objetivo aqui além de mostrar uma Paris mais histórica, é também de nos colocar na Paris atual, mostrando os fatos que norteiam seus monumentos e, nesse primeiro ensaio, podemos assim dizer – vamos tratar de uma viagem a Paris com quatro dias de estadia, onde “geralmente” são visitados os seguintes pontos: Torre Eiffel, Arco do Triunfo, Champs-Élysées, Museu do Louvre, Museu Rodin, Museu D´Orsay, Notre Dame de Paris, Basílica de Sacré-Coeur, Jardins de Luxemburgo e alguns cafés e lojas na Bd.Saint-Germain e Bd.Saint-Michel.
Então como dizem os franceses – “Alors, venez? (vamos lá?!).
Comecemos por ela que é a face perfeita de Paris, a Torre Eiffel.
              

Na minha opinião, quando se chega a Paris pela primeira vez, deve-se deixar o hotel imediatamente e correr para Torre Eiffel, aí você terá plena certeza que está diante do monumento mais visto do mundo e,a alma tranqüila, com a certeza: “Estou em Paris”
Mas nem sempre foi assim, a Torre Eiffel construída para impressionar os visitantes da Exposição Universal de 1889, deveria ter sido um adendo temporário a Paris.  Projetada pelo engenheiro Gustave Eiffel, foi muito criticada pelos estetas do século 19. Houve à época um abaixo-assinado subscrito por um elenco estelar de cerca de cinqüenta intelectuais, inclusive os escritores Alexandre Dumas (os três mosqueteiros), Leconte de Lisle e Guy de Maupassant, o arquiteto Charles Garnier, entre tantos outros que eram radicalmente contra a Torre. Dizia o texto: “A torre Eiffel, que nem mesmo a gananciosa América, temos certeza, não quereria, é a desonra de Paris. Todo mundo sabe disso, todo mundo fala nisso e todo mundo está profundamente aborrecido com isso – e somos apenas o débil eco da opinião pública universal, que, com todo direito, está alarmada. Basta imaginar uma torre vertiginosamente ridícula dominando Paris como uma gigantesca e negra chaminé de fábrica, esmagando com maciça barbárie a catedral de Notre-Dame, a Sainte-Chapelle, a torre Saint-Jacques, o Louvre, o domo do Hôtel dês Invalides, o Arco do Triunfo etc.”
Ainda bem que tudo não passou de um grande alarde, mas foi pensado seriamente na sua desmontagem após atos de repudia como esse e tantos outros, mas para o bem da cidade e de nós visitantes, a torre continua lá, majestosa e bela, e foi a edificação mais alta do mundo até 1931, quando foi erguido o Empire State Building em Nova York, a torre é hoje um símbolo de Paris.  A restauração recente e um novo sistema de iluminação fizeram com que se destacasse ainda mais.
O que fazer na Torre?
Chegue cedo (se ainda não tem ingressos), hoje já podemos comprar ingressos e reservar seus restaurantes pela internet, há dois restaurantes, o mais caro e mais famoso Jules Verne, no segundo andar e, o 58 Tour Eiffel este situado no primeiro andar. Se for pela manhã não deixe de subir até o topo da torre, a vista de lá é algo indescritível, indo no final de tarde, associe a subida a um jantar no Jules Verne, a cozinha é ótima, pratos tipicamente françês, e verás a cidade luz literalmente.  Mas para aqueles que não desejam subir, atravessem a Pont d´léna e sigam até o Trocadéro e tirem as mais belas fotos da torre. Esse é o melhor lugar para se tirar fotos da torre.  Ainda no Trocadéro vocês podem visitar o Palais de Chaillot, que abriga o Museu de L´homme, o de La Marine, a Cité de l´Architeture  et du  Patrimoine.  Na volta não esqueçam de fazer uma parada nos inúmeros cafés que circundam a torre, sentar, dar bom dia “bonjour monsieur” pedir por favor “S´il vous plaît” tomar um café ou um vinho e, no final agradecer com um “merci” e, saindo dizer “Au revoir”.  Essas palavras são mágicas, servem para um bom atendimento e cordialidade.  Ficamos nesse primeiro capítulo, em breve continuaremos nosso passeio ou “flâner” pela cidade Luz, trazendo o Hôtel dês Invalides, Museu Rodin, Arco e Champs-Élysées, e assim terminaremos nosso primeiro dia.
Já é tarde na cidade, ou melhor “ aprés-midi”, então vamos conhecer agora um ícone da construção no Grand Siècle, Hôtel dês Invalides.  Em 1670 o rei Luiz XIV precisou, tal como seus predecessores Henrique III e Henrique IV, de assegurar auxílio e assistência aos soldados inválidos dos seus exércitos; para que “aqueles que expuseram suas vidas, derramaram o seu sangue pela defesa da monarquia (...) passem o resto de seus dias na tranqüilidade (ceux qui ont exposé leur vie et prodigué leur sang pour La défense de La monarchie (...) passent Le rest  de leur  jours dans La tranquillité). Diz o édito real de 1670.
Luiz XIV e seus propagandistas enfatizavam que o Hôtel dês Invalides era uma instituição de caridade estabelecida graças à generosidade pessoal do rei com ex-combatentes corajosos.  No hôtel está a catedral de Saint-Louis-des-Invalides.  Esta foi concebida para acolher os pensionistas dos Invalides e foi elevada a categoria de cathédrale. É a sede do Bispo Católico dos Exércitos.  Outro fato curioso é que o Invalides tornou-se uma espécie de Pantéon, onde lá repousam vários homens de guerra franceses do período monárquico e revolucionário, tais como: O Marechal de Turenne; o coração do Marechal de Vauban; o coração de La Tour d´Auvergne, herói das guerras da revolução; o General Marceau; Rouget de Lisle, autor de La Marseillaise, o hino nacional da França.  E na cúpula dourada dos inválidos que constitui um dos pontos de referência da paisagem parisiense, repousa Napoleão Bonaparte na companhia de seus dois irmãos, Joseph e Jérome Bonaparte e do seu filho, o “Filhote de Águia”.  Teria dito o próprio Napoleão: “quando morrer, quero que minhas cinzas repousem às margens do sena”.
Então não deixemos de visitar esse que é um dos maiores legados do rei Luiz XIV para a cidade de Paris. Ainda no Hôtel podemos visitar um belo museu com todo aparato de guerras, como canhões, baionetas, vestimentas, etc.
Saindo do Hôtel dês Invalides, um pouco mais a sua esquerda, está um dos mais belos museus do mundo, o “Museu Rodin” (77, rue de Varenne 75007) – Auguste Rodin, considerado o maior escultor francês do século 19, viveu e trabalhou no Hôtel Biron, elegante mansão do século 18, de 1908 até a morte, em 1917.  Em troca do apartamento e estúdio, de propriedade do Estado, Rodin legou ao país a sua obra, que agora está exposta no museu.  Algumas de suas esculturas mais famosas ficam no jardim: Burgueses de calais, O Pensador, Portas do Inferno e Balzac.  Já outras obras tão famosas quanto, ficam na parte interna da mansão, com destaque para o Beijo e Eva. 
Já pensou em tomar um lanche nos jardins de Rodin à sombra do Pensador?  Pois é, isso é Paris.
Dando um Au revoir ao museu Rodin, vamos direto para a avenida mais charmosa e elegante do mundo, a Champs-Élysées nela foram realizados os desfiles da vitória após as duas guerras mundiais e também do bicentenário da Revolução, em 1989, é palco da chegada do Tour de France e muitos outros acontecimentos na cidade.  Os jardins que a margeiam da Praça da Concórdia até o Rond-Point pouco mudaram desde que foram projetados pelo arquiteto Jacques Hittorff em 1838. Na Champs-Élysées estão diversas lojas de grande vulto mundialmente conhecidas, desde a Louis Vuitton, Lacoste, Prada, Dior, Disney, Adidas, Nike, entre tantas outras, e algumas de montadoras como a Citroen, Renault, Pegeout, essas lojas servem para mostrar ao público as novidades das marcas e seus protótipos, além da venda de souvenir.
 Não podemos esquecer uma visita quase obrigatória no final da avenida, os dois palácios: O Grand Palais e o Petit Palais, duas obras de arte arquitetônica do século 19, que hoje abriga diversas exposições, vale muito a pena conferir.
Mas só em estar na avenida andando de lá para cá, parando para comer um, ou uns macarrons na Ladurée, tomar um café no Fouquet´s, ou mesmo comer um croque monsieur acompanhado de um bom vinho já vale e muito a visita a essa avenida. 
Terminando nosso dia, nos deparamos agora com outro astro de igual grandeza na paisagem parisiense: “O Arco do Triunfo” - Muitos acham que o arco do triunfo fora construído por Napoleão Bonaparte e que suas tropas passaram por baixo do mesmo quando das vitórias do Imperador, bem, não é bem assim não. Vamos por parte. É verdade que Napoleão o idealizou e até começou suas obras tendo colocado a primeira pedra em 1806, depois de sua maior vitória, na batalha de Austerlitz, em 1805, e prometera a seus soldados: “Vocês voltarão sob arcos triunfais.” Mas problemas com o projeto do arquiteto Jean Chalgrin e o declínio do poder de Napoleão adiaram a conclusão desta obra monumental até 1836, quando finalmente foi inaugurado por Louis-Phillipe. Mas acho que por não ter sido o próprio Napoleão que inaugurou sua cria, isso não desmerece em nada o grandioso gesto que o mesmo teve com seus soldados e com o povo de Paris, pelo contrário, o povo parisiense reconheceu e reconhece o Arco do Triunfo como obra napoleônica e como tal, fez seu cortejo em 1840 passar sob o Arco, e o próprio arco traz incrustado em suas paredes várias referências de feitos de Napoleão, como se vê na parede lateral esquerda: A batalha de Aboukir, mostra uma cena da vitória de Napoleão sobre o exército turco em 1799, outra logo abaixo do teto é mostrado Trinta Escudos, cada um leva o nome de uma batalha que Napoleão venceu na Europa e na África, No lado direito vê-se incrustada a batalha de Austerlitz, onde se vê as tropas de Napoleão quebrando o gelo no lago Satschan, na Áustria, para afogar milhares de inimigos.  Logo vemos que nem os que sucederam o Imperador em outrora, nem tão pouco nos dias atuais, não  conseguem separar a história da França, particularmente Paris de Napoleão.
Mas o Arco é cercado de peculiaridades, foi lá que outro grande nome Francês teve seu corpo velado: Victor Hugo, foi a partir do Arco que Haussmann projetou as largas avenidas que hoje circundam a Place Charles-de-Gaulle, foi no arco que se deu o desfile da vitória das tropas aliadas em 1919, e em 1944 a Liberação de Paris, onde o General De Gaulle lidera a marcha da vitória, e é lá que você que está indo pela primeira vez a Paris fará sua entrada triunfal na Champs-Élysées, sob Arco Triunfal.
É noite na cidade luz, e você a verá iluminada, então é hora de sair do hotel, tomar um taxi, ou metrô e ir jantar em um dos mais de 2.000 restaurantes da cidade, aqui eu indico um dos mais antigo e tradicional restaurante parisiense, o qual é o mais antigo Café de Paris.


O Le Procope.  Esse belo restaurante que está situado na charmosa 13, Rue de Ancienne Comédie, em Saint-Germain Dés Près, nem sempre foi restaurante, mas com certeza é um ícone da Vieux Paris, quando Francesco Procopio dei Coitelli, fundador do primeiro café de Paris abriu sua loja, o grão de café já marcava sua exótica presença na França desde a década de 1640; mas, segundo consta, Procope, depois de promover a nova bebida na feira Saint-Germain em 1672, estabeleceu sua própria loja na Rue des Fossés-Saint-Germain (hoje a atual Rue de L´ancienne Comédie), isso em 1686.  O Café Procope teve seu período áureo no século XVIII, e foi freqüentado pelos principais filósofos da época: Diderot e d´Alembert (foi no Procope que os dois um dia tiveram a idéia de fazer a Enciclopédia), Voltaire, Rousseau, Marmontel, Beaumarchais, Mercier e tantos outros freqüentavam assiduamente o café.
A Revolução Francesa também deixou marcas no estabelecimento, pois revolucionários como Danton, Robespierre, Marat, Hébert, Camille Desmoulins e inúmeros jornalistas e membros dos Sans- Culotte  eram seus clientes;  foi no Procope que surgiu o Gorro Vermelho.
Mas nem só de filosofia e de revoluções vivia o café, teve também sua fase romântica -com Musset, George Sand, Gautier, Balzac, Victor Hugo e, mais tarde Verlaine.
Como vimos, não trata-se apenas de “um restaurante” é na verdade um símbolo da cidade de Paris, da história de Paris, fica aqui a dica, se forem,  tenham  todos então um “bon appétit  e bonne nuit.


Joe.

Comentários

  1. Grande Joe! Parabéns pelo post, com certeza aprenderemos cada vez mais sobre essa cidade que tanto nos atrai.

    Cláudio Pascoal.

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  2. Oi, Bia! Conhecer vcs em Paris enriqueceu nossa viagem ainda mais, foi ótimo. O post ficou muito legal, não. Ele ARRASOU!!! Parabéns meu amor esperamos que seja o primeiro de muitos.

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  3. Joe,

    Muito bom post! Parabens e bem-vindo.

    Abs

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  4. É Joe, Paris não estava nos meus planos nem tão cedo, mas depois deste post, já me vejo no Le Procope. Lindo. Parabéns!

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  5. Foi explêndida esta matéria. Qualquer um de nós pode chegar a Paris com um roteiro deste. Parabéns!“Alors, venez, Joe. Um abraço!

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  6. Valeu Joe!
    Já estamos de malas prontas. Obrigada pela dica.

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  7. Joe, parabéns! Uma aula muito convidativa para umas férias pisando na história. Valeu!

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  8. És francês! Pelo post acho que sim.

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  9. Joe querido,
    Não tinha dúvidas: sucesso total!!!!
    Obrigada por nos brindar com um texto tão especial!!! Estamos ansiosos pelos próximos!!!
    Bjos

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  10. Cara, fiquei tentado a passar minha lua-de-mel em Paris. Vou nessa!

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  11. Bia, eu é que agradeço por estar ocupando o espaço do seu blog, e aproveito para agradecer a todos pelas palavras de carinho, isso faz com que a gente escreva ainda mais, com mais entusiasmo, e para essa semana já tem o segundo artigo, que irá nos colocar no segundo dia de nossa viagem a Paris.
    Bjs. a todos. Au revoir
    Joe.

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  12. Joe, parabéns pelo post! Vou seguir sua sugestão de reteiro quando retornar a cidade inesquecivel!
    Um abraço,
    Habib Chalita Jr.
    Presidente da ABIH/RN

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  13. Joe, adorei o texto...vou recomendar o blog para Milena, ela também vai adorar...
    Para nós que estaremos pela segunda vez na cidade luz, seguirei muitas de suas indicações...vc tem um olhar Parisiense...mesmo para pontos tão turísticos como a Torre...Tentaremos subir desta vez, seu texto me convenceu!!! Como dica peço que escreva alguma coisa sobre o Quartier Latin...quero seguir na íntegra...rsrsrs...bjos e parabéns a vc e a Bia pelo Blog!

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  14. Joe,maravilhoso post....parabens!!!!

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  15. Enrico Piazzoni27/1/11 11:52 AM

    É achados e perdidos, voces agora terão que explicar para minha esposa porque Paris e não mais Veneza, depois dessa aula histórica sobre Paris, aqui vamos nós, e já tínhamos combinado outro destino. Parabéns pelo excelente texto, que nos remete direto para a cidade luz.

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  16. Sonia Maia27/1/11 1:43 PM

    Gente, como dizemos em minas: "que trem bão" de post, parabéns. estive em Paris em 2001, e não tinha planos para voltar nem tão cedo, mas agora já começo pensar seriamente em fazer as malas, depois dessa maravilha, vou conhecer a cidade bem mais.
    Beijos a todos que fazem o blog.

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  17. muito legal seu texto, Joe. você não se limitou ao básico, a falar apenas de turismo. você nos contou um pouco da história dessa tão fascinante, bela e ímpar cidade, que é Paris.
    não tive, ainda, a felicidade, o imenso prazer, o verdadeiro privilégio de conhecer Paris, mas, com certeza, se um dia me for possível pisar no solo daquela cidade, pedirei (sem nenhuma vergonha, diga-se de passagem) dicas, para saber como e onde aproveitar melhor a cidade.
    abraço,
    Lima Neto

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  18. Amigo Joe, show de bola seu post. Parabéns! Dá pra sentir sua paixão por Paris além da eloquência do texto. Comungo da mesma. Abração.
    Anderson Azevedo

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