Dicas de Paris - Parte I (Champagne)



















Este post vem corrigir uma idiossincrasia do blog: começando por NY e com uma foto de Paris no topo. Na verdade, esta contradição me define, não sei o que amo mais: Paris ou NYC.




A idéia do blog foi do meu maridinho lindo, mas confesso que estou totalmente encantada! De início pensei blog: pra que? Ah... Para ajudar as pessoas (visão altruísta!), mas acabei de encontrar a visão "selfish", tão deliciosa quanto a anterior, escrever me faz lembrar de todas as vigens e dos momentos lá vividos. E mais uma vez, como meu marido diz, nas viagens somos as melhores versões de nós mesmos, talvez por isso seja tão especial e viciante.




Bom, mas vamos direto ao ponto: Paris.


Resolvi começar pela região de champagne, que é uma opção de viagem curta, um dia, e infinitamente melhor que Versailles e não tão complicada quanto Monte Saint Michel.




Muita gente não sabe a diferença de Champagne, Prosecco, Espumante, Cava, Frisante e demais bebidas gasosas. A diferença entre eles é o tipo de uva, a região produzida (terroir- solo, clima e interação do homem) e o tipo de gaseificação. Bom, do início:




Espumante: A elaboração de um espumante consiste em um processo bastante interessante de transformação do açúcar da uva em álcool e gás carbônico, ou seja, a fermentação alcoólica. O que difere o espumante de um vinho normal, chamado tecnicamente de vinho tranquilo, é que este último realiza apenas uma fermentação enquanto o espumante faz duas. A primeira fermentação resulta em um vinho tranquilo e a segunda tem como principal função a formação das refrescantes borbulhas – ou perlage.



Champagne: Só pode utilizar este nome a bebida produzida na região de Champagne, na França e com fermentação pelo método tradicional ou Champenoise, onde a segunda fermentação ocorre dentro das próprias garrafas. Utilizam uma mistura de três uvas: Pinot Noir, Pinot Meunier e Chardonnay.




Prosecco: A bebida é feita com uma única uva, a Prosecco, por isso o nome. Prosecco (em esloveno Prosek) é uma casta de uva da família da Vitis vinifera, originária da região do Veneto, Itália. Apenas duas regiões tem direito a denominação de origem controlada as vilas de Valdobiadenne e Conegliano. O método de confecção é pelo método Charmat, em que a segunda fermentação é feita em tanques de aço pressurizados (autoclaves). Os melhores e mais fáceis de achar aqui são os de Valdobiadenne.


O restante dos vinhos com borbulhas podem ganhar diversas denominações, como Cava, produzido na Espanha; Asti, feito na Itália e podem ser considerados espumantes ou frisantes, dependendo da pressão da garrafa (a do frisante costuma ser menor). Vinho frisante ou gaseificado é uma classificação de vinho de mesa dada às bebidas com gaseificação.


Viu? Viajar é cultura! Eu aprendi essas diferenças na França, nos deliciosos tours guiados na Veuve Clicquot e na Moet Chandon. Como fazer?


Quando estiver em Paris não deixe de dar uma esticadinha à região de Champagne, principalmente Reims e Epernay.


Reims (reims-tourisme.com)
Capital da região da (e do) Champagne, primeira estação importante na nova linha do TGV (trem espresso), a apenas 45 minutos de viagem.


Épernay (ot-epernay.fr)


A outra “capital” da Champagne – sede da Moët & Chandon (moet.com ) — não tem TGV,fica a 1h20min. de viagem.


Fomos primeiro para Épernay, começamos nossa viagem saindo de Paris (Gare de L`Est) as 08:35h, chegando em Epernay as 09:55h.
É primeiro horário (ter 39105- número trem) custou 38.80 E para os dois. Vc compra pelo site (sncf-voyages.com). Chegando à estação de Epernay vai-se andando até a Moet&Chandon (mais ou menos uns 15 minutos a pé), é só pegar o mapa no site.


Na Moet & Chandon, nós reservamos a visita pelo site, mas como chegamos lá antes do marcado, eles nos encaixaram na visita guiada mais perto do horário. Lá tem visitas guiadas em português, mas as em inglês e em espanhol tem mais opção de data e horário. Manda um email para lá para saber a programação e os horários. Ainda que esteja calor, leve um casaco, pois nas caves a temperatura é constante, entre 10-12 graus.


Saímos de Epernay para Reims no Ter 38317 que parte às 13.28h e chega a Reims às 13.51h (custou 11.40 e para os dois). Estávamos morrendo de fome, por isso almoçamos em Epernay e quase perdemos o trem para Reims. O melhor é almoçar em Reims. Apesar de termos comido bem lá, Reims tem mais coisa para ver e tem restaurantes melhores. Por isso o melhor é aproveitar mais Reims, fazer a visita da Veuve Clicquot o mais tarde possível.
As visitas guiadas, que duram entre uma hora e meia e duas horas, partem sempre que chegam pessoas suficientes para compor um grupo.


Na Veuve Cliquot (http://www.veuve-clicquot.com/index.asp) elas acontecem de 2a. a sábado das 10h às 18h (de novembro a março, de 2a. a 6a.). Também fizemos a reserva pelo site. Lá tivemos a opção de experimentar uma champagne vintage (a grand dame) e fizemos! A Moet Chandon não dá essa opção.


Mas antes de chegar na Veuve Clicquot, tem muita coisa para ver. A cidade foi desfigurada pela 2a. Guerra, mas conseguiu conservar seus dois tesouros mais valiosos: a Catedral de Notre-Dame, onde 25 reis franceses foram coroados, e o vizinho Palácio do Tau, onde aconteciam as festas de coroação. Até lá, vai-se andando da estação, é só seguir o mapa. Ao lado delas há o centro de informações turísticas, onde vc pega uma folha com as linhas de ônibus. Tem que pegar um ônibus até a veuve clicquot.


Ainda no centro, um lugar famosinho, bom, bonito e barato onde vcs podem almoçar é o Café du Palais (http://www.cafedupalais.fr/Francais/gallerie/gallerie.htm), em frente ao Palácio de Justiça, que serve comida de bistrô.


Depois vc pega a linha F do ônibus com direção a farman, até o Droits de L`Homme (não funciona domingo) ou a linha A em direção de Hôpitaux, até St Timothée. Estas são as estações para a Veuve. Quando vc descer, terá que andar um pouquinho, mas passará pela basílica de Saint Remi, linda, linda. Nós pegamos a linha A. É super fácil, das informações turísticas eles já te explicam como chegar ao ponto mais perto (prox ao Mc Donalds). Em cada ponto existe uma tabela com a hora exata em que cada linha passa naquele local, tipo: 11.53h. E o pior, passa mesmo!!! Voltando da Veuve na linha A, já fomos direto para a estação de trem. Ah!!! Lembrei, assim como o metro de Paris, vc tb tem que abrir a porta do ônibus pelo botão. Perdemos o ponto da estação por causa disso e tivemos que andar bastante.. RS
Queríamos ter ficado mais tempo em Reims, mas como tínhamos o jantar marcado na torre Eiffel para 20.30h, tivemos que voltar no Ter (40526) que saía as 17.50h de Reims para Champagne Ardenne (uma estação do TGV), e de lá o TGV (02784) que saía as 18.19h e chegava as 19h em Paris. Custou 34.20 E para os dois. O melhor é pegar o TGV 2762, que sai de Reims as 20.15h e chega em Paris as 21h, assim da para aproveitar mais Reims.
O total de trem foi de 84.40E, e de visitas a Moet Chandon e Veuve Clicquot tb deu 80E, para os dois.


No próximo post visita à Moet Chandon e Veuve Cliquot.






Comentários

  1. Bia, adorei o "Achados e Perdidos". Já assinei o feeds e vou voltar sempre. Muito legal seu blog.

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