Petra é sem sombra de dúvidas a principal atração turística da Jordânia. A ocupação da região data de 1200 AC, pelos Edomitas, quando se chamava Edom. Por volta do século 5 AC, foi colonizada pelos Nabateus que estabeleceram ali sua capital, denominada Petra. Sob seu domínio, transformou-se em importante entreposto comercial entre a Arábia e a Síria por estar no eixo entre Aqaba e Damasco.
Entre os anos 63 e 64 AC, os territórios nabateus foram conquistados por Pompeu e anexados ao Império Romano, mas Petra manteve certa autonomia até o ano de 106 quando Trajano a transformou em província sob controle romano. A partir do século 4, quando Constantino funda o Império Bizantino e muda sua capital para Constantinopla, começa o declínio de Petra. Em 363, um terremoto detruiu quase metade da cidade, mas alguns prédios e monumentos foram reconstruídos. Um segundo terremoto em 551, ainda mais forte que o primeiro, destrói praticamente toda a cidade, que não consegue se recuperar por ter perdido interesse econômico devido às mudanças nas rotas comerciais. A cidade permaneceu esquecida pelo ocidente por muitos anos até ser redescoberta pelo explorador suiço Johan Ludwig Burckhardt em 1812. Mais recentemente, serviu de locação para o filme Indiana Jones e a última cruzada.
Para se explorar todos os monumentos são necessários 2 dias inteiros, no mínimo. Como só tinhamos meio dia para a visita, otimizamos o passeio e ficamos só com o principal. Após comprar o ingresso e passar pela entrada, você deve fazer uma trilha até chegar ao Siq, uma espécie de canyon. No caminho, desde a entrada do parque, já é possível ver alguns monumentos. Os principais são a Tumba de Obeliscos, os blocos Djin (construídos para aprisionar os maus espíritos antes de se entrar na cidade) e a represa (construída para evitar que a água invadisse o Siq e destruísse a cidade). Essa trilha não é muito curta (cerca de 700m) e pode ser feita a cavalo ou de charrete se você preferir. Somente as charretes são permitidas no interior do Siq. Nós escolhemos ir caminhando mesmo.
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Tumba de Obeliscos (Obelisk Tomb) |
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O começo |
A entrada do Siq já anuncia o que está por vir, mas é após alguns passos que ele se mostra em toda sua beleza. Uma fenda na rocha com aproximadamente 40m de altura marca o início de mais uma etapa da caminhada que se estende por mais 1km. O visual é único e a incidência da luz em diferentes sentidos vai mudando a coloração da rocha de uma forma indescritível.
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Show de cores |
Conforme você vai se aproximando do fim desse trecho, a principal atração do parque já começa a aparecer timidamente até que se mostra por completo com toda sua imponência. O Tesouro (ou al-Khazneh, em árabe) é a imagem mais associada a Petra e já vale a viagem. A construção levou esse nome por acreditar-se que a urna localizada no topo continha o tesouro de uma faraó. Pode-se inclusive ver as marcas de balas fruto das tentativas de abri-la para pegar o tesouro.
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al-Kahzneh |
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O outro lado do Siq |
A partir daí, já correndo contra o relógio, fomos até o anfiteatro romano e no caminho vimos mais alguns monumentos como algumas cavernas e a Street of Facades, uma sucessao de tumbas uma ao lado da outra que formam um complexo de constuções escavadas na rocha.
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Street of Facades |
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Street of Facades |
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Anfiteatro |
Precisávamos ir embora e ainda havia muito mais a ser visto, o que não deixa de ser um motivo pra voltar. Quem sabe dessa vez com filhos?
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Petra com filhos. Por que não? |
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